Venho a público
suavemente falar
Mas minha vontade é de
gritar
Gritar aos quatro cantos
O descaso com o país dos
encantos
Na arte de rimar e
improvisar
Minha mensagem vou
eternizar
Com palavras, verdades e
fatos
Apenas, serei cuidadoso
para não virar meros boatos
Eis que vivemos em uma
terra de quinhentos anos
Mas notoriamente nos
comportamos
Como se tivéssemos desbravando
o primeiro ano
Perpassamos por lutas,
batalhas e até a queda de muralhas
Porém, nada é suficiente
quando em nossa frente
Não enxergamos um governo
eficiente e inteligente
Se escrevo uma analogia
Certamente não é na
intenção de contentar a burguesia
Não posso de cima do muro
passivamente observar
Toda uma nação que aos
poucos em pó irá se transformar
Mas, a cuidados que devo
tomar
Quando do alto a baixo
retornar
De verdades líricas e
proezas explicitas
Não há como questionar
Mas de palanques
utilizados por militantes
Há... esse sim, devo me
preocupar
Poderia escrever outros
infinitos versos
Mas será que conseguiria
de fato algo mudar?
Em uma sociedade que opta
em tudo acreditar!
Não, não costumo confabular
com pactos hipócritas
Não meu caro confrade,
não sou pessimista
De verdade busco unir um
clã realista
Caso eu viva o bastante
para crer
Na junção da vontade,
verdade e a realidade
Não sobraram linhas como
também faltaram canetas
E teremos como desfecho
... um final feliz!
(Alexandro Suchara. 2016)